sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Amor, e amor à Filosofia

Eu te amo, como Heráclito ama a a mudança
Como Parmênides não se cansa, e pra ele tudo é imutável
Como Sócrates indaga sobre a justiça com perseverança
Como Platão venera e me faz também amar o inteligível

Eu te amo do mesmo modo que Aristóteles falava a metafísica
Confesso que a fé de Aquino, me faz acreditar
Que eu te amo tanto, como Agostinho se colocava a rezar
Unindo Filosofia e fé, me deixa menos física

Mas Descartes fala à razão por isso "Cogito ergo sum"
E eu te amo racionalmente também, não só com o coração
Nem mesmo o empirismo de Hume é maior, de modo algum
Confesso que Kant era mais sensível, e eu nem tenho ilusão

A fundamentação da metafísica dos costumes de Kant
Eu gosto tanto, mas te amo bem mais, maior que o universo
Se quiseres eu clamo a ti, tais versos, se quiser também que eu cante
Cantarei ao anoitecer, e a monadologia de Leibniz, não é nem o inverso

Leibniz falava de mundos possíveis, e contigo, farei o nosso
Nem Marx com teu materialismo histórico, me fará desistir
Para um momento único contigo, pois eu sei do que posso
Por isso chamarei Deleuze, para finalizar tais versos, e fazer emergir

Pois em "Lógica do sentido", ele propõe um paradoxo
E nós duas somos assim, brigamos até, mas sempre nos entendemos
Enquanto eu digo não, você diz sim, eu quero frio e você o calor, mas isso não faz nossos destroços
O paradoxo nos torna mais forte, e é assim, que nos compreendemos.

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