domingo, 23 de fevereiro de 2014

Sem coração

Não faça desse jeito comigo, não me deixe assim louca
Venha logo, não se preocupe com meus versos, me sele a boca
Falas que meus poemas quase a fazem gozar, deixa de mentira
ainda não experimentou a sensação do poderoso toque meu, ainda nem sentira

Feche a porta de tudo que há, e abra a porta da tua alma, me deixe entrar
Faço algumas coisas pra poder te alcançar, fecho meus olhos, viro de pernas para o ar
Não sou nem um pouco conquistadora, mas dissera que meus versos te fazem bem
então fique calma, ou tensa ao mesmo tempo, pois é assim que me sinto também

Trêmula, meio sem jeito, totalmente desastrada, me desculpe se eu não sair tão perfeita
Contigo nos meus braços nem sei se farei o certo, de tanta ansiedade, numa longa e noite estreita
Somos duas agora, somos também uma só, eu contigo nos braços, ao longe no breu
sem ninguém pra incomodar, eu bem quieta, calada, deitada nos braços teus

Então vamos encerrar uma noite completa e cheia de desejo, eu no teu seio e tu no meu
Minha mão na tua, e a tua no meu peito, com intuito de fazer a paz, buscar logo ali, logo atrás
E eu calada, intacta, meio que sonhando, meio que chorando, e eu sentindo, um beijo teu
Mas é do que podemos, o que faremos, será tudo o que seremos, encantadoramente capaz.

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