quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Como eu te amo, também...


Como se ama a verdade, o simples e o profano,
o crepúsculo vespertino, o sol e a lua,
que a noite brilha como uma esfera sem engano,
e vem me dizer que é por tua causa, que é tua;

Como se ama a criança que chora, sem mentira e sem vergonha da pureza,
que fala e me pede um abraço, naturalmente, como o navio obedece o nauta...
Tudo que é saudoso, tudo em ti eu amo e proclamo...
Como o dia é tão claro e a noite tão escura, tenho essa certeza.

Como se ama, o cheiro do mato e a aurora da madrugada,
A mãe dizendo baixinho, o pai que nunca se viu...
o irmão que é tão sincero e amigo, que caminha contigo na estrada,
Um canto em silêncio, quase imperceptível, ao qual se ouviu...

Como se ama o orvalho que chora contigo toda noite inteira
Aquele momento de solidão que te faz ser quem tu realmente és
Como se ama os pássaros cantando em plena primavera, estação primeira
Como se ama os silêncios e os sons, o certo, o avesso e o revés...

Assim eu te amo, com esses teus olhos verdes, que de tão lindos quase me cegam...
Eu te amo agora, eu te amo outrora, eu te amo a qualquer momento
Te amo tanto, mas tanto, que não me importo se não me amares
e tão pouco, mas tão pouco que eu lamento.

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